Na primeira reunião de greve dos técnicos administrativos do Campus Curitiba, realizada ontem, 22/06, discutimos brevemente uma questão interessante: de quem é a greve? a greve tem dono? alguma instituição é dona da greve?
Estiveram presentes nesta reunião colegas filiados aos diversos sindicatos presentes no IFPR (SINDIEDUTEC, SINASEFE e SINDITEST) e colegas não filiados. Como sinal de maturidade da discussão e ao mesmo tempo de humildade de todos, se chegou a conclusão (que é óbvia mas que mesmo assim merece ser destacada) que a greve é da categoria dos técnicos administrativos em educação do IFPR.
As diferentes opiniões sobre a filiação sindical devem ficar em segundo plano neste momento em que a luta salarial e outras pautas se tornam mais importantes para todos. Não cabe ao movimento grevista tomar parte nisso agora e nem agir em defesa ou ataque ao sindicato A ou B. É assim que tocaremos nosso movimento, com união de todos que se dispuserem a fazer parte disso.
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Como deliberado na reunião de ontem (22/6), hoje (23/6) alguns servidores foram participar da assembleia dos colegas técnicos administrativos da UTFPR (hoje a assembleia foi conjunta também com os colegas da UFPR). Abaixo segue relato feito por um servidor do Coletivo presente na assembléia para que cada um tire suas próprias conclusões!
A assembleia começou tendo como primeiro ponto de pauta "informes". Várias pessoas fizeram uso da palavra. O Brandão fez sua inscrição e relatou que após assembleias realizadas nos campus e uma assembleia estadual, os técnicos administrativos do IFPR decidiram por ampla maioria entrar em greve e estariam somando ao movimento dos técnicos das universidades.
Após a fala do Brandão, o servidor Pegurski da UTFPR Campus Curitiba, deu o informe que na última sexta-feira ele e outros colegas estiveram na Reitoria do IFPR na assembleia de criação do SINASEFE mas que independentemente da questão sindical neste momento a soma das lutas seria bem vinda.
Posteriormente, um colega que não conheço por nome - acredito ser da UFPR - fez uso da palavra para falar que a criação do PROIFES foi obra do governo, que a ANDES é o real representante dos docentes, que as pessoas do SINDIEDUTEC são agentes do governo, entre outras argumentações que não me recordo. Por fim, sugeriu o encaminhamento que ninguém do IFPR pudesse se manifestar na assembléia.
A mesa colocou o encaminhamento em votação. A maioria não se manifestou (acredito que por não entender nada), uma parte se absteve, um número significativo aprovou o encaminhamento. Encaminhamento aprovado, eu fui embora.
Servidor M.R.S.
Servidor M.R.S.
Da parte do Coletivo de Técnicos em Greve manifestamos nosso desconforto com a situação relatada.
Coletivo de Técnicos em Greve do Campus Curitiba
Greve IFPR 2015 - greveifpr2015@gmail.com
*Editado em 25/06/15, conforme deliberação em reunião do Coletivo na data de hoje.
Coletivo de Técnicos em Greve do Campus Curitiba
Greve IFPR 2015 - greveifpr2015@gmail.com
*Editado em 25/06/15, conforme deliberação em reunião do Coletivo na data de hoje.
Comentando de acordo com o relato que outras pessoas presentes fizeram, e adicionando fatos históricos que as vezes as pessoas desconhecem:
ResponderExcluir* pediu a fala, em nome do SINDIEDUTEC-PROIFES, o servidor Nilton Ferreira Brandão, os quais (BRandão e SINDIEDUTEC-PROIFES):
1 - em 2012 (junto as gestão e procuradoria que hoje tanto criticam) buscavam impedir a atuação de qualquer outra entidade sindical (à época SINDITEST e APUFPR-ANDES), deixando livre qualquer perseguição ou cerceamento a liberdade das pessoas ligadas e a estas entidades;
2 - em 2012 buscavam impedir a articulação autônoma dos TAE do IFPR, através do grupo que criou o canal de comunicação taemovimentoifpr (muito mais informativo e dialógico aos TAE), fazendo assembleias massivas, com mais de 50 TAEs (coisa que o SINDIEDUTEC nunca chegou perto). Buscava deslegitimar e impedir este movimento, e tentava, junto a gestão, impedi-lo de negociar com a reitoria;
3 - encerrou a greve de 2012, assinando um acordo rejeitado pela maioria dos docentes do país, e sem ter ainda qualquer proposta para os TAE, deixando-os à mingua;
4 - Deu um golpe em SINDITEST e FASUBRA, rompendo um acordo que possuia com estas duas entidades, e realizou SOZINHO (e sem legitimidade alguma) um plebiscito fajuto. Mesmo neste plebiscito organizado por eles 4/5 dos TAE (540) disseram não, que não consideram o SINDIEDUTEC-PROIFES uma entidade legítima para representá-los;
5 - para a assembléia organizada pela FASUBRA no IFPR, para eleição de delegados para o CONFASUBRA (com publicidade prévia ampla e pública, e repasse aos emails da maioria dos servidores do IFPR, incluso diretores do SINIEDUTEC-PROIFES) não mobilizaram ninguém. Estavam mais preocupados em eleger reitor e diretores de câmpus (e ocupar cargos)... veja que absurdo, não mobilizaram ninguém para a assembleia de eleição de delegados para o fórum mais importante da entidade a qual dizem querer se filiar...faz sentido? Não. Oportunistas.
6 - o Brandão, que de uma forma bem ajudada pela gestão, acumula os cargos de docente 20h e TAE, mas sabe-se que, nunca cumpriu o horário de trabalho desta ultima função (imposta a todos nós), e nunca defendeu esta carreira e categoria.
Tendo em vista tudo isto, quando este personagem, pegou o microfone e falou em nome dos TAE do IFPR..
Após falar, foi decidido que Brandão ou qualquer diretor do oportunista SINDIEDUTEC-PROIFES (há algumas exceções, em especial os TAE), tendo em vista seu histórico e os prejuízos que já causou a categoria e a instituição, não falaria em nome dos TAE e servidores do IFPR...
Qualquer outro servidor, mesmo filiado ao SINDIEDUTEC, poderia falar.
Considerando o caráter democrático do movimento paredista, o Coletivo de Técnicos em Greve do Campus Curitiba aprova seu comentário, mas ressalva que o conteúdo é de inteira responsabilidade do seu autor e as opiniões nele emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista do Coletivo.
ExcluirSomente relembrando: quando falamos em Coletivo de Técnicos em Greve do Campus Curitiba, falamos em nome dos TAE's que aderiram a greve e participam das reuniões, pois todas as nossas ações são discutidas e decididas democraticamente. Portanto, reafirmamos o conteúdo do post e enfatizamos que não falamos em nome de Sindicato A, B ou C.
Afirmamos nossa posição de buscar unir os servidores e TODOS serão bem vindos para conversar e participar do movimento